quinta-feira, 20 de março de 2014

O COMBOIO DE ZHOU YU





O teu amor correu
ao encontro do poeta
no comboio furioso
o verde fugia na janela.
Ele o mestre, tu a musa
lábios rimando com a blusa,
olhos chorando sonetos,
dedos luzindo palavras
que abraçavam o corpo.
A tua língua, serpente
na sua boca, lago,
inundado de ti.
O teu amor escorreu
como tinta em porcelana,
ele não viu, Zhou Yu,
escrito nos carris
que o poeta eras tu.