Escreve
com pinças.
A tinta é
um fio
que passa
de um
lado ao outro,
agarra e
fecha
Deixa
curar
com o
tempo.
Breve,
breve
não se
lê.
Umas
pinças são delicadas
mas
outras esmagam
e por
vezes estão sós
os dedos
que
procuram ansas
e línguas
esconsas,
poças de
sangue
sem cor
que
deixam um traço
leve,
duradouro,
letras
desenhadas
em
margens
que se
encontram
como
estranhos
que não
se rejeitam.
No fim
das pinças
as foices
na razia
do arame
afiado e
lúcido
catando,
deitando fora
a mácula
que se
inutiliza
no
mata-borrão.