quinta-feira, 27 de março de 2014

O Bom Pastor

Uma vez conheci um criador de Pastores Alemães escrupuloso. Aconteceu-me mesmo. Ele explicou-me algo muito esclarecedor. Existem duas linhagens de Pastores Alemães, uma de trabalho e outra de companhia. Na primeira incluem-se cães extremamente agressivos e pouco sociáveis que só obedecem a um líder. Na outra estão os animais meigos e de bom carácter. Ao contrário deste senhor, que só vende a linhagem de trabalho para a GNR e reserva a linhagem de companhia para os civis, os outros criadores da raça misturam as duas linhagens e vendem-nas indiscriminadamente.
Adoro um bom Pastor Alemão, aquele cão simpático, ternurento e inteligente que se torna meu amigo à segunda visita e que passa a confiar em mim para a vida toda.
Por outro lado a minha maior cicatriz foi provocada pelos caninos de um Pastor Alemão altamente agressivo.
Esse episódio marcante não alterou a minha simpatia incondicional pelos Pastores Alemães. Pelos bons Pastores Alemães. Mesmo que seja uma minoria à relação à outra a tipologia da linhagem de companhia faz com que esta raça seja uma das minhas preferidas.
Gosto de me lembrar desta história sempre que sou mordida por algum humano maldoso ou quando encontro alguém com um medo excessivo de conhecer pessoas.