Vão
percorrendo o caminho, abandonados
Esticam
os braços tacteando a escuridão
Viajam
num deserto, inúteis e conformados
Olham
absortos as pedras mortas do chão.
São
milhares os pequenos monstros humanos
Cospem
todos as mesmas amarguras paralelas
Caminham
desgraçadamente ao longo dos anos
Carregam
o medo ardente nas almas amarelas
Quando
se encontram, os viajantes, pedem ajuda
E fere
no olhar uma esperança absurda e perdida
A boca
abre em perguntas, a vontade de dar é muda.
Por
isso cada um é só e só vai roendo a vida
Pesa-lhes
a estrada nas solas dos sapatos cansados
E
lamentam em desalentos a desesperada sorte
Não
sabem se vão chegar ao fim acordados
E os
que chegam, infelizes, batem com a cara na morte.
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