Um
gatarrão barrigudo
lindíssimo,
de raça pura
delicada
estirpe, só doçura,
não
sai de casa, no centro
e
quando sai fica lá dentro.
Olha
para mim, sisudo
de
olhar azul e magoado
um olho
triste, outro zangado.
O
gato de quem não desgrudo.
Oiço a
linha da boca calada,
o seu
disfarce de veludo.
Vejo,
não é p’ra mim que olha,
tão
apetecível, sobretudo,
minha
pele não retalha,
não é
a mim que vê, contudo!
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