Um milagre ou a vida!
A esperança apontada à cabeça,
e eu congelada
revolvendo a cartola
procurando uma voz
uma fórmula, um coelho,
a pomba branca, as purpurinas.
O tempo a contar,
a vida escoando pelos joelhos.
Um milagre ou a vida!
Os dedos espremendo migalhas
esquecidas nos bolsos do fraque,
indagando receitas, perfumes,
artes, diabruras, pactos ocultos,
a Lua a nascer,
a vida cada vez mais viscosa,
descendo pelas pernas.
Um milagre ou a vida!
A esperança detonando na cabeça
de repente, num segundo,
aqui estavas tu.
Sem comentários:
Enviar um comentário