O corvo
bica à janela,
bica à
janela para entrar.
Tu
acordas sentinela
pensando
estar a sonhar.
Mas não
era pesadelo.
Um
bicho negro e nobre
queria
entrar no castelo.
Tu o
homem que descobre
um
corvo que tem frio,
um
corvo a crocitar.
Um
corvo em pleno extravio,
um
corvo que quer entrar.
Que
fazes tu, belo homem
a um
corvo de azeviche?
Concedes-lhe
teu amén?
Convertes-te
em seu fetiche?
Ou
ficas preso à masmorra
espreitando
p’la vidraça,
a vida
que nas veias jorra
será
tesouro ou ameaça?
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