Vem
soprar um vento morno
na
minha boca
(mas
não me acordes).
Dá-me
palavras pelágicas,
pássaros
pousados
em
mastros.
Encosta
a quilha do teu barco
ao meu
sonho
(mas
não me acordes).
Se
puderes, fica
como
uma sombra iluminada
que só
eu posso sentir.
Se te
fores embora
não me
laves a memória
deixando
apenas areia
e
gaivotas,
oferece-me
a nossa
história
até
morrer.