O MANO

Rarefeito o sorriso

gargalhada de marca.

Grande é o siso,

a conversa parca.

Melancolia crónica,

nariz de romano,

gravata de cerimónia,

nervo de puritano.

Vencidos os dias

na mesma família,

 piano em comum

mais o resto da mobília.

O mano é só um

melhor que na Bíblia.

Encontrou o amor

nas terras de  Brasília

De um lado eu,

 desse lado tu,

no passado ficou

assunto tabú.

Não falemos da hipocondria,

doença mistério

no reino de Alexandria.