Letra e música de
The Hat
Tradução de Nuno
Miguel Lopes
O Rio Zangado
O vazio fado por nós
confessado
No instante do dia
mais esbatido
Em Vilautomática
produzem estática
Como a presa o seu
débil triste gemido
O sabor a fel, o
rosto invisível
Das crianças
perdidas e olvidáveis
A negra necessidade,
a lenta celeridade
As dívidas mais
irreconciliáveis
Estas fotografias
nada significam
Ao veneno dado a
engolir
Antes da glória do
momento
Já a luz se começa
a extinguir
Enquanto fingíamos
que não víamos
O custo terrível de
tudo o que perdemos
O preço saldado por
este instrumento malvado
A pagar até ao dia
em que nada teremos
O rio pressente para
onde vai a corrente
Essa luz que devemos
destruir
As circunstâncias
conspiram manigâncias
que incendeiam o
método que nos servir
Estes homens mortos
caminham sobre a água
Corre-lhes nas veias
sangue gelado
Ao entrarmos nós na
chuva
Eleva-se o rio
zangado
Estas fotografias
nada significam
Ao veneno dado a
engolir
Ao entrarmos nós na
chuva
Eleva-se o rio
zangado
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