em frente ao muro escuto um silêncio por descodificar. Palavras invisíveis que voam de lá para cá para as quais procuro solução. O muro, grosso e fundo, evita o vento e a face das palavras. Vêm sem rosto e sem voz. Abandonadas e sós. Chegam confusas e não querem colaborar. O muro impenetrável e sombrio, como a minha pele, mantém-me na ignorância. E não há maior crueldade que a que vem da ignorância.
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