Esta noite passei umas horas em branco a tentar perceber a causa do problema que me tem atormentado nos últimos tempos. E realmente Freud explica muita coisa. Este meu vício só pode ter origem num sentimento enraizado nos primórdios da minha infância. É como se tivesse medo de despedir a parte mais antiga da personalidade. Como se a pessoa formada por camadas tivesse relutância em perder aquele núcleo primordial, num medo de desintegração ou perda de identidade. E na falta de poder manter o alvo desse sentimento (essa é a parte saudável da coisa) encontra um substituto que alimenta o mesmo ambiente emocional. Tudo criado e mantido pelo inconsciente, sem pingo de elaboração racional.
Muito tenho admirado Freud ao longo da vida. A porra toda é que Freud lá explicar explica, agora resolver é que resolve muito pouco, ou nada.
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