segunda-feira, 27 de outubro de 2014

terras perdidas





crow, ingrid blixtnar


Vai turva a memória
como um nevoeiro
invadindo os olhos
um grito que se ouve
de pássaro quase corvo.


Não é um corvo
porque não anuncia
nem vida nem morte,
apenas um estado
intermédio de fantasma
de vista baça.
É um quase corvo
fêmea
de canto mudo,
vem apenas medir
o pulso à doença
e, perdido, fica
a velar o animal, doente.

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