Mulher-vampiro, Edvard Munch |
rara a semana
que não acabe
em avalanche
o ruído antecede
a derrocada
aviso para a fuga
impossível
o corpo congela
o mundo deixa-se cair
sobre a cabeça
a luz branca
a esclarecer tudo
num momento
uma vista
sobre o futuro
tal como o cão
que se cura
com o pelo do cão
a queda por dentro
é sutura retendo
a montanha
que tenta desembocar
esmaga e desmonta
o corpo congela
e endurece
como um fel quente
que se oferece
para amenizar
o epiléptico
dizem que há
um género
de demónio
que só o jejum
há-de expulsar
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