Mulher sentada, em roupa interior, por Egon Schiele |
Tomas-me (suavemente)
a ponta dos dedos
(entretanto dirigidos ao chão)
como auxílio ao impulso
das pernas
uma antes da outra
na saída do armário
rumo à claridade do dia
A luz solar
salpica os beijos
uma segunda língua
saltitando como uma aia
confidente e fiel
que se alegra
a nosso favor
Em breve
ao entrar a noite súbita
regressarei ao fundo
seco e secreto do móvel
despida de glamour
pelo meu próprio pé
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