"O amor faz bem a quem o sente" in "O Chão dos Pardais" de Dulce Maria Cardoso.
Houve um tempo em que pensava que podia sacudir a tristeza como quem se livra do desperdício capilar nos ombros de um casaco. Era o tempo da esperança.
Agora sei que a tristeza é como uma tinta permanente que nunca sai.
Por isso é que o amor faz tão bem. Faz-nos esquecer que a tristeza está sempre lá, que a tristeza vai estar sempre lá. Sentir amor por alguém é adiar a tristeza. Mas aos amados esse adiamento está vedado, a menos que comecem a amar também.
Bom e subtil, como é hábito.
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