Mal nosso de cada dia,
o que me dás hoje?
Um veneno coagulado
nas veias
monótono, paralisante,
poço sem água,
urtigas estagnadas,
fundo.
Uma planta carnívora
de lâminas na língua
numa incandescência
encarniçada
de viver à mingua
na sombra
desvalida e voraz.
Mal nosso de cada dia
não conheces
nem descanso
nem perdão.
Para dar ou receber.
Mal nosso, não te quero,
vou virar-te a cara
e esquecer o teu nome,
seja feita a tua
vontade.
Sem comentários:
Enviar um comentário