Agora que já não
te falo
as palavras flácidas
aplacadas
calam-se
colando-se
ao pesadelo da boca.
Perplexas roçam os
dentes,
atónitas,
denunciadas ao
travão
do grosso músculo
da língua.
Rezam num silêncio
de chumbo
a um deus ausente
rogando um alimento
de carência
pedindo sempre,
combalidas
num zumbido de atroz
sincronia.