Toda a memória é um roubo. Um roubo
ao esquecimento que tudo reclama. Por isso mais vale pegar nas
palavras que ficaram no ar, captura-las numa memória. Forjada e
feliz. Guarda-la dentro de um baú-cofre para marcar o tempo como
quem escreve numa árvore a canivete: dois nomes, uma
impossibilidade.