quinta-feira, 14 de março de 2019
Espaço Cidadão
Dona Dina faz o gosto
ao dedo e mostra
o pulso na cadeira
no seu compasso
de espera frente
à segurança social
doi-lhe como um raio
irradia a descascar
metáforas
manejando a panela
de pressão braço
acima ombro arcaico
baço resmungando
o diapasão
de um carapau médio
enterrado na goela
obrigara a visita
ao Santa Maria
médicos avisados
dão-se ao luxo
no Hospital da Luz
onde a conta
é preço certo
e anda pela hora
da morte adiada
ufa ainda não foi desta
os números deslizam
devagar as senhas
progridem no trajecto
da obviedade passa
uma jovem inquieta
é jornalista Dina
avança do desporto
e das bonitas hoje
em dia até essas
são inteligentes
mudado que tudo está
Salazar vem à baila
raro o português
ou portuguesa
que não carregue
(Senhor) às costas
o passado
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