A Lua em loop
e eu rodando
atrás dela
Martini, esse combustível
fóssil
na terra rugindo
e eu coiso
em loop
assobia lá fora
o temporal à janela
vai-te embora cão
digo eu coiso
de retro Barrabás
o Martini na mão
gelo até derreter o coração
num mar de palha
ao alto as estrelas
caladas
que nem ratos
só a rabanada de vento
nas vidraças
o copo redondo
na conquista da boca
aberta a época de caça
aos patos voadores
no ar da tarde
a estrela da serra
e eu coiso
no chão caída
o galo a cantar na cabeça
e à meia-noite amar
a música era o Martini
a marca dança
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