Júlia possui uma arma
Um cano
de revólver fareja
açulado cada recanto
no silêncio insano
do gabinete
um cano
de revólver ausculta
imparável os sinais
vitais do corpo
a abater
um cano
de revólver ordena
ao cão o cumprimento
da imperiosa
missão
grita ao alvo
o peito explode
um cano
de revólver fumega
saboreia o pós-acto
deitado no conforto
da alcatifa
um cano
de revólver alegará
demência temporária
já se vê triunfante
inocentado
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