Bates à porta
pela minha salvação
não, pela tua
que tens contas a dar.
Bates-me à porta por ti.
Sei porque namorei o belo filho
doutra testemunha.
Serva desse mesmo Deus,
pelos dois milagres adquiridos,
não sabemos o maior,
se a beleza do rapaz
se o próprio nascimento
na altura confundido
com a menopausa.
Tinha de apresentar cotas
de almas resgatadas à perdição
e ao ateísmo, para ganhar o céu.
Bates, para me ajudar
não, para te ajudares.
Bates-me à porta
para que eu te salve um bocadinho
da morte, a prestações,
um paninho quente
no rol de boas ações,
o enxoval da eternidade.
Em boa verdade, com fé ou sem ela,
a beleza desse filho
nem era assim tão apocalíptica
nem inocente.
Em boa verdade, ambas sofremos
a mesma farisaica aparição.
Mas quem diria que Jeová
por vezes está
onde nem sequer existe?
gosto
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