Lembro-me de desenhares a constelação do cocheiro com a canadiana erguida sobre os pontinhos brilhantes.
Ensinavas-me a jogar
xadrez e eu ficava a pontos de perceber o que era um homem, contente
por tudo o que ia aprendendo com as tuas mãos grossas e com a tua
voz grave.
O som que os teus
passos faziam era a minha música preferida e até hoje esse
tique-tique metálico é a minha campainha da Pavlov. Seja quem for
que venha a passar dou por mim a sorrir no segundo que antecipa a
percepção de que não és tu.
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