Foto de Terayama Shuji |
Dói-me a cabeça.
A casa não se aspira sozinha.
Juntaram Shakespeare ao filme.
O miúdo tem febre.
A vizinha pede salsa.
O planeta espera-me no vidrão.
O Amor dá sinal.
O trabalho atropela-me.
Intervalo para o relatório da calamidade mundial.
Os olhos do cão pedem rua.
Cheira a urgência na caixa de areia dos gatos.
O telemóvel grita uma discussão inadiável.
O louco do bairro revolta-se no centro da avenida.
Cai a Net.
O Sol vem desafiar-me à janela.
O silêncio da guitarra toca-me.
Já comia qualquer coisa.
Não sou capaz.
Sem comentários:
Enviar um comentário