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| Lucia Joyce, filha de James Joyce |
O mar carmesim
Gibraltar
quando eu era rapariga
os meus seios perfume
sob a muralha moura
os degraus da ravina
do diabo a rosa
no meu cabelo
como as raparigas andaluzas
a sua língua 7 milhas
a cirandar
ao encontro dos desejos
pontos de interrogação
de cabeça para baixo
o coração como louco
eu quero yes
tentar impedir que o sol
nasça amanhã
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| Foto de Terayama Shuji |
Dói-me a cabeça.
A casa não se aspira sozinha.
Juntaram Shakespeare ao filme.
O miúdo tem febre.
A vizinha pede salsa.
O planeta espera-me no vidrão.
O Amor dá sinal.
O trabalho atropela-me.
Intervalo para o relatório da calamidade mundial.
Os olhos do cão pedem rua.
Cheira a urgência na caixa de areia dos gatos.
O telemóvel grita uma discussão inadiável.
O louco do bairro revolta-se no centro da avenida.
Cai a Net.
O Sol vem desafiar-me à janela.
O silêncio da guitarra toca-me.
Já comia qualquer coisa.
Não sou capaz.
