Agora serás o imberbe rapaz
Durante três meses
Subirás a Montanha Mágica
A tentar subjugar o Tempo
Se te parecer extenso será extenso
Se te parecer breve será breve
Na realidade domarás o Tempo
Durante sete anos
Ó filho traquina da vida
Uma enfermeira muda
o Tempo
Coluna de mercúrio sem escala
Para os que pensam fazer batota
Na Montanha Mágica
Nenhum clarim inaugura o novo ano
Somos nós que lançamos foguetes
Repicando os sinos
Na passagem do século
Agora serás o homem-que-só-sabe-esperar
Um comilão de massas temporais
Deglutindo o Tempo
O rapaz que se liberta
Da vida pequenina na planície
Um Antes feito de engenharia naval
E ascende Agora à Montanha Mágica
Implodindo o Tempo
Repousando embrulhado
Nas mantas de camelos
Descobrindo o Mundo
Reinando na neve
Dando de caras com o Amor
Nas barbas dos juízes do Inferno
Benditas as teias mágicas
Dos olhos tártaros de uma mulher
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