sábado, 15 de abril de 2017

A morte tem a minha cara

Salvador Dalí, Ballerina in a Death’s Head, 1932




a morte tem a minha cara

na geometria incendiada
das mãos
atravesso a rua
desconhecido sorriso
famoso mil
vezes monalisa
para o outro lado
do espelho
onde os ossos
meros traços confluem
no logradouro da despedida
os veios rubros servem
de amparo comprometido
desculpa à libertação
da cauda pendente
(de cadáveres ondulantes)
rasante do vestido
no chão














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